Escolas brasileiras no Japão: Uma análise a partir do contexto migratório
Conteúdo do artigo principal
Resumo
Apesar dos brasileiros estarem no Japão há aproximadamente três décadas, estes ainda não se integraram à sociedade japonesa. Recrutados para suprir o mercado de mão-de-obra barata, em empregos recusados pelos japoneses, os brasileiros desenvolvem extensas jornadas nas fábricas o que contribui para o afastamento do convívio familiar. O pouco tempo dispensado no acompanhamento da educação dos filhos, somado a uma identidade “temporária”, acarretam em problemas no aprendizado e na formação da identidade cultural das crianças. A barreira cultural, amparada por políticas sociais que não reconhecem os estrangeiros como imigrantes, favoreceram o surgimento de escolas brasileiras, como uma alternativa para a educação dessas crianças no Japão. Aqui apresentamos um panorama destas instituições, analisando e discutindo alguns dos principais problemas que influenciaram e continuam a influenciar na educação e que se encontram estruturados pela complexidade deste fenômeno migratório.
Detalhes do artigo
Articles published in Brasiliana are licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Unported License.
Referências
Achotegui, Joseba. 2009. "Migración y salud mental. El síndrome del inmigrante con estrés crónico y múltiple (Síndrome de Ulises)". Zerbitzuan, Revista de Servicios Sociales 46: 163-171.
DeBiaggi, Sylvia Duarte Dantas. 2004. "Para Uma Psicologia Da Imigração". In Psicologia, E/Imigração e Cultura, 1st ed., 11-25. São Paulo: Casa do Psicólogo.
Beltrão, Kaizô Iwakami and Sonoe Sugahara. 2006. "Permanentemente temporário: dekasseguis brasileiros no Japão". Revista Brasileira de Estudos de População 23 (1). doi:10.1590/s0102-30982006000100005.
Callegari, Cesar. 2009. "Notas sobre a questão educacional das comunidades de brasileiros no exterior, a atuação governamental e seus desafios". In I Conferência sobre as comunidades brasileiras no exterior, 173-186. Rio de Janeiro. http://funag.gov.br/loja/download/458-Brasileiros_no_Mundo_-_Textos_Academicos_Vol_II.pdf.
Costa, João Pedro Corrêa. 2007. De decasségui a emigrante. Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão.
"Embaixada do Brasil em Tóquio: Educação". 2017. Toquio.Itamaraty.Gov.Br. http://toquio.itamaraty.gov.br/pt-br/educacao.xml - homologadas.
“Escola Brasileira Prof. Kawase”. 2017. Hiro Gakuen - Escola Brasileira Professor Kawase. http://www.hirogakuen.com/.
"Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo: História da imigração japonesa no Brasil". 2017. Al.Sp.Gov.Br. http://www.al.sp.gov.br/noticia/?id=288309.
Graciani, Maria Stela Santos. 2014. Pedagogia Social. 1st ed. São Paulo: Cortez.
Higuchi, Naoto and Tanno, Kiyoto. 2003. “What´s Driving Brazil-Japan Migration ? The Making and Remaking of the Brazilian Niche in Japan”. International Journal of Japanese Sociology, Number 12. doi: 10.1111/j.1475-6781.2003.00041.x.
Ishikawa, Eunice Akemi. 2009. "The return of Japanese-Brazilian next generations: 1980s experiences in Japan". In In return migration of the next generations : 21St Century Transnational Mobility, 1st ed., 59-78. Burlington: Ashgate.
Johnston, Eric. 2008. "An NGO reaches out to bullied foreign kids - The Japan Times". The Japan Times. http://www.japantimes.co.jp/news/2008/11/28/national/an-ngo-reaches-out-to-bullied-foreign-kids/ - .WJi8jxB0xE5.
Kanasiro, Alvaro Katsuaki. 2011. “Etnografia em uma escola brasileira no Japão”. Ponto Urbe [Online], 9. doi: 10.4000/pontourbe.346
Kashiwazaki, Chikako. 2002. "Japan's resilient demand for foreign workers". Migrationpolicy.Org. http://www.migrationpolicy.org/article/japans-resilient-demand-foreign-workers/.
Lussi, Carmem. 2009. "Conflitos e vulnerabilidades no processo migratório". Centro Scalabriniano de Estudos Migratório. http://www.csem.org.br/2009/conflitos_e_vulnerabilidades_no_processo_migratorio.pdf.
Masters, Coco. 2009. “Japan to immigrants: thanks, but you can go home now”. Time. http://content.time.com/time/world/article/0,8599,1892469,00.html.
Maxwell, Roberto. 2008. Escola japonesa ou escola brasileira? Escola e educação de crianças brasileiras na cidade de Hamamatsu. Ebook. Hamamatsu-shi: Ikegami Sugehiro. http://docplayer.com.br/34790054-Escola-japonesa-ou-escola-brasileira-escola-e-educacao-de-criancas-brasileiras-na-cidade-de-hamamatsu.html.
"Ministério das Relações Exteriores: Brasileiros no mundo". 2017. Brasileirosnomundo.Itamaraty.Gov.Br. http://www.brasileirosnomundo.itamaraty.gov.br/a-comunidade/estimativas-populacionais-das-comunidades.
“Ministry of Education, Culture, Sports, Science and Technology - Japan”. 2005. Guidebook for starting school: Procedures for entering Japanese schools. http://www.mext.go.jp/component/english/__icsFiles/afieldfile/2011/03/17/1303764_008.pdf.
“Ministry of Education, Culture, Sports, Science and Technology – Japan”. 2017. To children’s guardians: guide for foreign students to start school, procedures for entering Japanese schools”. Mext.go.jp. http://www.mext.go.jp/component/english/_icsFiles/afieldfile/2011/03/17/1303764_001.pdf.
Monteiro, Ednar Souza and Kátia Morosov Alonso. 2015. "Construção da identidade e formação de professores que atuam com crianças no Japão". In VI Colóquio Internacional - Educação e Contemporaneidade. São Cristovão. http://educonse.com.br/2012/eixo_04/PDF/76.pdf.
Mori, Yoshico. 2017. “Desafios da comunidade brasileira no Japão”. http://megaslides.org/doc/191013/desafios-da-comunidade-brasileira-no-jap%C3%A3o-yoshico-mori.
Ogassawara, Aiko Tanonaka. 2006. "O ensino da escrita japonesa". Mestrado, Instituto de Letras - Universidade de Brasília.
Pádua, Diego Carlos. 2014. “Migração e educação: a importância de medidas voltadas à educação de crianças e jovens brasileiros no Japão”. Trabalho de conclusão de curso em Língua e Literatura Japonesa, Instituto de Letras -Universidade de Brasília.
Petrus, Rotger. 1992. "Hacia una pedagogía comunitaria de la pedagogía penitenciaria". Revista Interuniversitaria 7: 63-83.
Ramos, Marília P. 2002. "Apoio social e saúde entre idosos". Sociologias, no. 7: 156-175. doi:10.1590/s1517-45222002000100007.
Reis, Maria Edileuza Fontenele and Masato Ninomiya. 2001. Brasileiros no Japão. 2nd ed. São Paulo: Kaleidos Primus.
Ribeiro, Carla Alexsandra do Carmo and Covezzi, M. 2014. “Crianças brasileiras no Japão: as dificuldades de inserção na sociedade e o reconhecimento da cidadania”. In Humanidades em Contexto, saberes e interpretações, 764-772. Cuiabá. www.ufmt.br/ufmt/site/userfiles/eventos/6e871d61742d81e27dcd546ea753042b.pdf.
Sasaki, Elisa. 2006. "A imigração para o Japão". Estudos Avançados 20 (57): 99-117. doi:10.1590/s0103-40142006000200009.
Shimizu, Kaho. 2001. 'Miscellaneous' institutions facing double standard? The Japan Times News. http://www.japantimes.co.jp/news/2001/10/20/national/miscellaneous-institutions-facing-double-standard/#.UWaEmoKaRq0.
da Silva, Cláudio; Bortz, Ana Maria; Hiriart, Marcelo Fuidio and Ikeda, Márcia Atsumi. 2010. “O status temporário da mulher imigrante brasileira no Japão e a educação de seus filhos”. https://www.academia.edu/6154635/O_STATUS_TEMPORÁRIO_DA_MULHER_IMIGRANTE_BRASILEIRA_NO_JAPÃO_E_A_EDUCAÇÃO_DE_SEUS_FILHOS.
Tabuchi, Hiroko. 2009. “Japan pays foreign workers to go home”. The New York Times. http://www.nytimes.com/2009/04/23/business/global/23immigrant.html?_r=1&pagewanted=1.
“TS Public”. 2017. Miscellaneous schools. https://tspublic.jimdo.com/data/miscellaneous-schools/.