Vikings ou tupinivikings? A tese dos nórdicos no Basil pré-cabralino

Conteúdo do artigo principal

Johnni Langer
https://orcid.org/0000-0003-3010-2430

Resumo

Resumo: O presente artigo propõe uma análise dos primeiros momentos das representações sobre os vikings no Brasil, especialmente em torno da tese de que navegantes e colonos de origem nórdica teriam aportado na América do Sul. Utilizamos como principal metodologia o referencial dos usos do passado no referencial de Niels Kayser Nielsen e os estudos de recepção de temas nórdicos.

Detalhes do artigo

Como Citar
Langer, J. (2025). Vikings ou tupinivikings? : A tese dos nórdicos no Basil pré-cabralino. Brasiliana: Journal for Brazilian Studies, 14(1), 1–28. Recuperado de https://tidsskrift.dk/bras/article/view/151861
Seção
General Articles

Referências

Referências Bibliográficas:

Fontes primárias:

Adêt, C.E. Découverte d´une ville ancienne dans les forêts du Brésil. La Revue Indépendante, n. 8, tomo XXI, 1845, pp. 494-509.

Barbosa, J.C. Relatorio do secretario perpetuo. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, tomo I, n. 4, 1839, pp. 271-280.

Debret, J.B. Voyage Pittoresque et Historique au Brésil. Paris: Firmin Didot Frères, 1834-1839.

Gravier, G. La découverte de l'Amérique par les Normands au Xe siêcle, Paris: Maisonneuve & Co, 1874.

Lerebours, P.-V. Coup d'œil sur les antiquités skandinaves. Paris, Challamel, 1841.

Lund, P. Efterretning om en foregiven opdagelse i provindsen Bahia af en by fra oldtiden. Antiquarisk Tidsskrift. Kjöpenhavn: Bog-og Nodetrykker, 1845, pp. 143-154.

Porto Alegre, M.A. Relatorio sobre a inscripção da Gavia. Revista do IHGB n. 2, 1839, tomo I, pp. 77-81.

Rafn, C.C. Nordiske Kæmpe-Historier Efter Islandske Haandskrifter Fordanskede. Kjöpenhavn: Forfatterens Forlag, 1821.

Rafn, C.C. Oldnordiske Sagaer. Kjöbenhavn: Trykt hoe Andreas Seidelin, 1829.

Rafn, C.C. Antiquitates americanae. Hafniæ (København): Typis Office Schultziane, 1837.

Rodrigues, J.B. Antiguidades do Amazonas. Ensaios de Sciencia 1, 1876a, pp. 91-125.

Rodrigues, J. B. Antiguidades do Amazonas. Ensaios de Sciencia 2, 1876b, pp. 3-23.

Rodrigues, J.B. Antiguidades do Amazonas. Ensaios de Sciencia 3, 1880, pp. 3-53.

Schüch, R. Carta ao cônego Januário Barbosa sobre as inscrições da Gávea. Rio de Janeiro: IHGB, 17 de setembro de 1839, lata 140, documento 54 (manuscrito, sem paginação).

Fontes secundárias:

Berg, L.L.L e Jensen, L. Historiebrug af vikingetiden. Danmarkshistorien, Aarhus Universitet, 2019. https://danmarkshistorien.dk/vis/materiale/historiebrug-af-vikingetiden/ Acesso em 19 de novembro de 2024.

Choay, F. A alegoria do patrimônio. São Paulo: Editora da Unesp, 2001.

Christiansen, E. The norsemen in the Viking Age. London: Blackwell Publishing, 2002.

Domingues, H.M.B. O homem, as ciências Naturais e o Brasil no século XIX. Acervo 22(1), 2009, pp. 167-178.

Djupdræt, M.B. Vikingen bliver til. In: Vinkler på Vikingetiden. Nationalmuseet & Skoletjenesten: 2013, pp. 6-14.

Ferreira, L.M. e Noelli, F.S. João Barbosa Rodrigues. Amazônica 1(1), 2009, pp. 68-95.

Faulkes, A. The Viking Mind or In Pursuit of the Viking. Saga Books: Viking Society for Northern Research, vol. XXXI. 2007, pp. 46-83.

François, S. L’imaginaire viking et les extrêmes droites française et belge contemporaines. Nordiques 37, 2019, pp. 113-130.

Gerbi, A. O Novo Mundo: História de uma polêmica, 1750-1900. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

Goodrick-Clarke, N. Sol negro: cultos arianos, nazismo esotérico e políticas de identidade. São Paulo: Madras, 2004.

Guimarães, L. Uma parceria inesperada: o Instituto Histórico e Geográfico e a Real Sociedade dos Antiquários do Norte. Revista do IHGB n. 384, 1994, pp. 499-511.

Guimarães, L. Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. In: VAINFAS, Ronaldo (Org.). Dicionário do Brasil Imperial. São Paulo: Objetiva, 2002a, pp. 380-382.

Guimarães, L. Pedro Lund. In: VAINFAS, Ronaldo (Org.). Dicionário do Brasil Imperial. São Paulo: Objetiva, 2002b, pp. 575-576.

Guimarães, L. Cônego Benigno. In: VAINFAS, Ronaldo (Org.). Dicionário do Brasil Imperial. São Paulo: Objetiva, 2002c, pp. 159-160.

Guimarães, M.L.S. História e natureza em von Martius. História, Ciências, Saúde: Manguinhos, 7(2), 2000, pp. 389-410.

Heide, E. Viking – rovwer shifting? An etymological contribution. Arkiv för nordisk filologi, vol. 120, 2005, p. 41-54.

Hillbrand-Grill, F. Schüch (Schiech, Schuch) Rochus. Österreichisches Biographisches Lexikon, vol. 11, 1999, p. 285.

Holten, B. e Guimarães, L.M.P. Desfazendo as Ilusões: o Dr. Lund e a suposta presença escandinava na terra de Santa Cruz. Locus: Revista de História 3(1), 1997, pp. 45-62.

Hunter, D. Stone of power: Dighton rock, colonization and the erasure of an indigenous past. Tese de Doutorado em História, Toronto, Universidade de York, 2015.

Krüger, J. „Wikinger“ im Mittelalter Die: Rezeption von víkingr m. und víking f. in der altnordischen Literatur. Berlin/New York: Walter de Gruyter, 2008.

Langer, J. Odin: uma história arqueológica da Dinamarca viking. Petrópolis: Editora Vozes, 2024a, pp. 148-152.

Langer, J. Arqueologia viking e nacionalismo. Revista Brasileira de História da Ciência 17(2), 2024b.

Langer, J.. Horned, barbarian, hero: the visual invention of the Viking through European art (1824-1851), Scandia Journal of Medieval Norse Studies vol. 4, 2021, pp. 131-180.

Langer, J. Viking. In: Langer, Johnni (Org.). Dicionário de História e Cultura da Era Viking. São Paulo: Hedra, 2018, p. 706-718.

Langer, J. Vikings, cultura e região: o mito arqueológico nórdico dos Estados Unidos. Olho da História n. 18, 2012, pp. 1-16.

Langer, J. A Cidade Perdida da Bahia. Revista Brasileira de História 22(43), 2002a, pp. 127-152.

Langer, J. The origins of the imaginary Viking, Viking Heritage Magazine 4, 2002b, Gotland University/Centre for Baltic Studies, Visby, pp. 6-9.

Langer, J. Ruínas e mito: a arqueologia no Brasil Império. Tese de doutorado em História pela UFPR, 2000.

Langer, J. e Menini, V.B. A invenção literária do nórdico: Vikingen (O Viking), de Erik Gustaf Geijer (1811). Scandia: Journal of Medieval Norse Studies n. 3, 2020, pp. 709-738.

Marcuse, H. Reception History, University of California, 2003.

https://marcuse.faculty.history.ucsb.edu/receptionhist.htm#biblio Acesso em 19 de novembro de 2024.

Melton, ZJ. Race, religion and the Medieval Norse Discovery of America. Religions 15(1084), 2024, pp. 1-14.

Nielsen, N.K. Historiebrug - hvad er det? Danmarkshistorien, 2012, Acesso em 19 de novembro de 2024: https://danmarkshistorien.dk/leksikon-og-kilder/vis/materiale/historiebrug

Noelli, F.S. e Ferreira, L.M. A persistência da teoria da degeneração indígena e do colonialismo nos fundamentos da arqueologia brasileira. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, 14(4), 2007, pp.1239-1264.

Price, D. Ancient Scandinavia. Oxford: Oxford University Press, 2015.

Prous, A. Arqueologia Brasileira. Brasília: Editora da UNB, 1992.

Ross, M.C. Introduction. In: Ross, M.C.(Org.). The Pre-Christian Religions of the North, Vol. I. Turnhout: Brepols Publishers, 2018, p. xxii-xxiii).

ROSS, Margaret Clunies & LÖNNROTH, Lars. The Norse Muse. Alvíssmál 9, 1999, pp. 3-28.

Sá, M.R. O botânico e o mecenas: João Barbosa Rodrigues e a ciência no Brasil na segunda metade do século XIX. História, Ciências, Saúde, vol. VIII, 2001, pp. 899-924.

Schobinger, J. Mediterráneos, semitas, celtas y vikingos en América. Anales de Arqueología y Etnología, 1977-1978, T. 32-33, pp. 25-73.

Simonsen, K. The Cultivation of Scandinavism. In: Hemstad, R. et al (Eds.). Skandinavismen. Odense: Syddansk Universitetsforlag, 2018, pp. 73-98.

Wawn, A. The Vikings and the Victorians. London: D. S. Brewer, 2002.

Winroth, A. The Conversion of Scandinavia. London: Yale University press, 2021.