Meandros da Ética da Alteridade de Vilém Flusser
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Resumo
O nome de Vilém Flusser não surge usualmente associado à filosofia da ética, como acontece, por exemplo,
com o nome de Emmanuel Levinas – para não ir muito além desta geração. Mas Flusser é um pensador ético
de pleno direito e deve ser inscrito nessa tradição. O objetivo aqui é estirar os primeiros fios da ponte para essa
integração, delineando os meandros de uma ética da alteridade tipicamente flusseriana; especificamente, o
artigo considera o lugar central que as ideias de transcensão e responsabilidade afetiva ocupam no pensamento
do filósofo. No processo, também será revelado como tudo isso parece levar Flusser curiosamente de volta a
Hegel; esse retorno a Hegel indica, entre outras coisas, que qualquer tentativa de filosofar sobre a experiência
da alteridade parece sempre dar ao filósofo suábio a última palavra.
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