O narrador morto/vivo: figurações da morte em Memórias póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis
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Abstract
Partindo da obeservacao enigmática do narrador ou autor ao princípio das Memórias póstumas de Br´as Cubas de Machado de Assis que "nao é propiamente um autor defunto, mas um defunto autor" vou examinar nesta contribuicao os seguintes aspectos: 1. Num primeiro passo, trata-se de perguntar como se tematizam, em Brás Cubas, a morte, os rituais de enterro e do luto, relacionando-os com as observacoes da crítica social sobre a cultura da morte no século XIX. 2. Num segundo passo, pretende-se analizar as consequencias que tem esta conceituacao da morte - assim como a condicao paradoxal de um narrador ou autor morto-vivo - para a organizacao narrativa do relato das Memórias. 3. E, finalmente, em um sentido mais amplo: que funcao cumpre a narrativa de memórias de Machado de Assis no contexto social do Brasil no século XIX? Seguindo essas perguntas discutirei também as relacoes que tem a escrita de memórias de Machado de Assis com a género do fantástico e os debates atualmente geralizados sobre 'specters', 'cultural haunting' e a nocao de 'autoria'.
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