Sobre a origem histórica da diversidade do romance brasileiro contemporâneo (numa leitura de Quarup como “romance de arquivo”)
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Abstract
Debate-se a origem histórica da alta diversidade estilística e temática da literatura brasileira contemporânea, tendo como foco o romance. Discute-se as dominantes poetológicas que conferiram estabilidade ao gênero no Brasil até, aproximadamente, a década de 1950, localizando-se nas décadas de 1960 e 1970 a dissipação daquelas dominantes, do que seria sintomática a emergência de um novo tipo de obra: o “romance de arquivo” (pela denominação de R. G. Echevarría). Da discussão das tendências que então perdiam prestígio, são discutidas as características do “romance de arquivo”, tomando-se Quarup, de Antônio Callado, como exemplo. O argumento é que a perda de importância de paradigmas críticos tradicionais, as transformações sociais vividas no Brasil e o surgimento de obras dissonantes da tradição produziram um campo literário complexo e menos regido por expectativas normativas, favorecendo a diversificação e inaugurando o período de incremento da variação estilística que, passadas algumas décadas, hoje caracteriza a nossa literatura.
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Chagas, P. R. D. (2014). Sobre a origem histórica da diversidade do romance brasileiro contemporâneo (numa leitura de Quarup como “romance de arquivo”). Brasiliana: Journal for Brazilian Studies, 3(1), 237–264. https://doi.org/10.25160/bjbs.v3i1.16757
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Dossier
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