Uma e muitas: A representação da personagem feminina em "Algum Lugar" de Paloma Vidal
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Abstract
Este artigo se propõe a analisar a construção da(s) identidade(s) da protagonista de Algum lugar (2009), primeiro romance da escritora Paloma Vidal. Com base numa perspectiva pós-moderna, tratamos das relações que a personagem estabelece com pessoas e lugares, pois os processos de identificação lhe serão fundamentais para se compreender. Nesse sentido, a questão da(s) identidade(s) vem à tona: como um típico sujeito fragmentando (HALL, 2011), a personagem-narradora não nomeada fará registros, como num diário, para a partir deles reconstruir seu passado e compreender seu presente. Há grande relevância o fato de o livro ter sido escrito por uma mulher que, ao representar também uma mulher, nos sugere sua preocupação em evidenciar que os conflitos identitários que caracterizam a pós-modernidade não são exclusivos de um gênero, uma classe, raça, religião. O romance representa a busca constante por autoconhecimento, por se aproximar dos/as outros/as, de algum lugar, ou de qualquer lugar.
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