Música Popular Black and anti-racist struggles: musical cosmopolitanism and the soul aesthetic in Brazil (1963-1978)

Main Article Content

David Treece

Abstract

This essay reassesses the political significance of the creative impulses, performance aesthetics and artistic work that became identified collectively as música popular black, and their contribution to the anti-racist cause in Brazil during the 1964-85 dictatorship.  It reevaluates how the state orthodoxy of racial nationalism and denialism was challenged, not merely in the adoption of the soul aesthetic as a marker of diasporic identification with US blackness, but in the cumulative emergence of an autonomous anti-racist consciousness and voice for Afro-Brazilians within their own musical and social world. This was expressed, not only in a body of powerfully explicit anti-racist statements but also in a creolized, cosmopolitan idiom of vocal and performative style that connected local artists and the Black Rio dance scene, and that contributed to the building of a Black public sphere, leaving a potent legacy for the musical and political movements of the 1980s, 1990s and beyond.

Article Details

How to Cite
Treece, D. (2022). Música Popular Black and anti-racist struggles: musical cosmopolitanism and the soul aesthetic in Brazil (1963-1978). Brasiliana: Journal for Brazilian Studies, 10(2). https://doi.org/10.25160/bjbs.v10i2.128090
Section
General Articles
Author Biography

David Treece, King's College London

Dept. Spanish, Portuguese and Latin American Studies

References

Alberto, P. L. (2009) ‘When Rio Was Black: Soul Music, National Culture, and the Politics of Racial Comparison in 1970s Brazil’, Hispanic American Historical Review, 89(1), pp. 3-39.

Alberto, P. L. (2011) Terms of inclusion: Black intellectuals in twentieth-century Brazil. Chapel Hill: University of North Carolina Press.

Alexandre, R. (ed.) (2004) Wilson Simonal na Odeon (1961–1971). Rio de Janeiro: EMI (booklet accompanying box-set of 9 CDs).

Alexandre, R. (2009) “Nem vem que não tem”: a vida e o veneno de Wilson Simonal. São Paulo: Globo.

Alonso Ferreira, G. A. (2007) Quem não tem swing morre com a boca cheia de formiga: Wilson Simonal e os limites de uma memória tropical. Masters dissertation, Universidade Federal Fluminense.

Baron, R. (2003) ‘Amalgams and Mosaics, Syncretisms and Reinterpretations: Reading Herskovits and Contemporary Creolists for Metaphors of Creolization’, Journal of American Folklore, 116(459), pp. 88-115.

Bello de Carvalho, H. (2001) ‘Clementina: uma nova estética’ in Coelho. H. (ed.) Rainha Quelé: Clementina de Jesus. Valença RJ: Editora Valença, pp.40-47.

Carvalho, J. J. de. (2000) ‘The multiplicity of Black Identities in Brazilian Popular music’, in Crook L. and Johnson R. (eds.) Black Brazil: Culture, Identity, and Social Mobilization. Los Angeles: UCLA Latin American Center, pp. 261-96.

Castro, R. (2008) Wilson Simonal. Coleção Folha 50 Anos de Bossa Nova. Vol. 14. São Paulo: Folha de São Paulo.

Coelho, H. (ed.) (2001) Rainha Quelé: Clementina de Jesus. Valença RJ: Editora Valença.

Dunn, C. (2016) ‘Black Rio’ in ________ Contracultura: alternative arts and social transformation in authoritarian Brazil. Chapel Hill: The University of North Carolina Press, pp. 146-74.

Essinger, S. (2005) Batidão: uma história do funk. Rio de Janeiro & São Paulo: Record.

Eyerman, R., & Jamison, A. (1998) Music and Social Movements: Mobilizing Traditions in the Twentieth Century. Cambridge: Cambridge University Press.

Fernandes, D. C. (2015) ‘A Rainha ‘Quelé’: raízes do empretecimento do samba’, História: Questões & Debates, 63(2), pp. 131-160.

Fiúza, A. F. (2006) Entre um samba e um fado: a censura e a repressão aos músicos no Brasil e em Portugal nas décadas de 1960 e 1970. Doctoral thesis, State University of São Paulo, UNESP-Assis.

Frias, L. (1976) ‘Black Rio: o orgulho (importado) de ser negro no Brasil.’, Jornal do Brasil, caderno B, 17 July.

Frias, L. (2001) ‘A saga de uma rosa negra’ in Coelho. H. (ed.) Rainha Quelé: Clementina de Jesus. Valença RJ: Editora Valença, pp.13-39.

Giacomini, S. M. (2006). A Alma da Festa: família, etnicidade e projetos num clube social da Zona Norte do Rio de Janeiro – o Renascença Clube. Belo Horizonte: UFMG; Rio de Janeiro: IUPERJ/IUCAM.

Gilliam, A.(1998) ‘The Brazilian “Mulatta”: images in the global economy’, Race and Class 40(1), pp. 57-69.

Gonçalves, E. G. (2011) Banda Black Rio: o Soul no Brasil da década de 1970. Masters dissertation, Universidade Estadual de Campinas.

Hall, S. (2019) ‘Old and New Identities, Old and New Ethnicities’ in ________ Essential Essays Vol.2. Durham: Duke University Press, pp. 63-82.

Hermeto, M. (2012) Canção popular brasileira e ensino de história: palavras, sons e tantos sentidos. Belo Horizonte: Autêntica Editora.

Herschmann, M. (2000) O Funk e o Hip-Hop invadem a cena. Rio de Janeiro: Editora UFRJ.

Kössling, K. S. (2007) As Lutas Anti-Racistas de Afro-Descendentes sob Vigilância do DEOPS/SP (1964-1983). Masters dissertation, Universidade de São Paulo.

Lima, C. E. de F. (2017) Sou negro e tenho orgulho! Política, identidades e música negra no Black Rio (1960-1980). Masters dissertation, Universidade Federal Fluminense.

Lopes, N. (2003) ‘O sonho de Biga: memória da Orquestra Afro-brasileira’, Direitos Já, 5, July/August 1995, reproduced in Abigail Moura—A Orquestra Afro-Brasileira. São Paulo: Museu Afro-Brasil.

Lordi, E. J. (2020) The meaning of soul: Black music and resilience since the 1960s. Durham: Duke University Press.

Madeiro, C. (2019) ‘Repressão aos negros: Documentos mostram como a ditadura espionou movimento contra o racismo, com agentes infiltrados e perseguições.’, UOL Notícias, 30 March. [Online]. Available at: https://noticias.uol.com.br/reportagens-especiais/ditadura-militar-espionou-movimento-negro-reprimiu-e-infiltrou-agentes/#page10 Accessed on: 26 July 2021.

Marsiglia, L. (2004) ‘O Movimento Black Rio – Desarmado e Perigoso’ Super Interessante, 206, year 18(11), 31 October.

McCann, B. (2002) ‘Black Pau: Uncovering the History of Brazilian Soul’, Journal of Popular Music Studies, 14, pp. 33-62.

Mello, Z. H. de. (2003) A Era dos Festivais: uma Parábola. São Paulo: Editora 34.

Morais. B.V. L. de. (2016) ‘Sim, sou um negro de cor’: Wilson Simonal e a afirmação do Orgulho Negro no Brasil dos anos 1960. Masters dissertation, Universidade Federal de Minas Gerais.

Moura, R. (1995) Tia Ciata e a Pequena África no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Cultura.

Neal, M. A. (1999) What the music said: Black popular music and Black public culture. New York and London: Routledge.

Oliveira, L. S. (2019) ‘A hereditariedade, é por isso que o meu corpo treme todo: trajetória artística de Gerson King Combo’, ANPUH-Brasil, 30o Simpósio Nacional de História, Recife. Available at: https://www.snh2019.anpuh.org/resources/anais/8/1564708652_ARQUIVO_artigoanpuh.pdf Accessed on: 26 July 2021.

Oliveira, L. X. de. (2008) O Swing do Samba: uma compreensão do gênero do Samba-Rock a partir da obra de Jorge Ben Jor. Masters dissertation, Universidade Federal da Bahia.

Oliveira, L. X. de. (2015) ‘Visões sobre o Movimento Black Rio: apontamentos teóricos sobre estilo, consumo cultural e identidade negra’, Animus, 14.

Palombini, C. (2009) ‘Soul brasileiro e funk carioca’, Opus, 15(1), pp. 37-61.

Palomo Alves, A. (2010) O poder negro na pátria verde e amarela: musicalidade, política e identidade em Tony Tornado (1970). Masters dissertation, Universidade Estadual de Maringá.

Reis, A. (2014) ‘O “poder negro da beleza”: a influência dos movimentos estadunidenses Black is Beautiful e Black Power na obra de Jorge Benjor’, Anais do XI Encontro Internacional da ANPHLAC.

Rezende, R. S. (2012) Jorge Ben: um negro na MPB nas décadas de 1960–1970. Masters Dissertation, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.

Ribeiro, R. A. da C. (2010) ‘Errância e exílio na soul music: do movimento Black-Rio nos anos 70 ao Quarteirão do Soul em Belo Horizonte’, Revista Tempo e Argumento, 2 (2), pp. 154-80.

Risério, A. (ed.) (1977) Gilberto Gil Expresso 2222. Salvador: Editora Corrupio.

Sebadelhe, Z. O. and Lima Peixoto, L. F. de. (2016) 1976 Movimento Black Rio. Rio de Janeiro: José Olympio.

Silva Amaral, M. H. da. (2020) Jorge Ben, tradutor do Brasil. Doctoral dissertation, University of Brasília.

Sovik, L. (2009) Aqui ninguém é branco. Rio de Janeiro: Aeroplano.

Tatit, L. (1996) O Cancionista: Composição de Canções no Brasil. São Paulo: Edusp.

Thayer, A. (2019) Tim Maia Racional Vols 1 & 2. New York: Bloomsbury Academic.

Tinhorão, J. R. (2005) Os sons que vêm da rua. São Paulo: Editora 34.

Treece, D. (2013) Brazilian Jive: from samba to bossa and rap. London: Reaktion.

Treece, D. (2018) ‘Candeia, o projeto Quilombo e a militância antirracista nos anos 1970’, Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, 70, pp. 166-88.

Treece, D. (2020) ‘Samba, Anti-Racism and Communitarian Politics in 1970s Rio de Janeiro: Candeia and the Quilombo Project’ in ________ (ed.) Music Scenes and Migrations: Space and Transnationalism in Brazil, Portugal and the Atlantic. London and New York: Anthem Brazilian Studies, pp. 125-42.

Trotta, F. (2011) O samba e suas fronteiras: “pagode romântico” e “samba de raiz” nos anos 1990. Rio de Janeiro: Editora UFRJ.

Vianna, H. (1988) O mundo funk carioca. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.

Viola, K. (2020) África Brasil: One day Jorge Ben flew for everyone to see. São Paulo: Edições Sesc São Paulo, e-PUB.