O mito da democracia racial e a mestiçagem no Brasil (1889-1930)
DOI:
https://doi.org/10.7146/dl.v6i10.113653Palabras clave:
negro, relacoes raciais, democracia racial, mesticagemResumen
Neste artigo, mostramos que, no plano das idéias, o mito da democracia racial foi construído progressivamente no transcurso do Brasil Colônia e Império. No alvorecer da República, era senso-comum considerar a sociedade brasileira desprovida de qualquer tipo de barreira racial. Assim, o maior mérito de Gilberto Freyre, ao lançar Casa Grande & Senzala, em 1933, não foi "descobrir" uma suposta igualdade de oportunidades entre negros e brancos, mas tê-la transformado na ideologia racial oficial do país. Além disso, fazemos um balanço da mestiçagem no sistema racial brasileiro, tendo como palco de nossas preocupações São Paulo, no recorte histórico da Primeira República (1889-1930).
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