Reflexões decoloniais sobre conhecimento e educação a partir do diálogo em Paulo Freire
Abstract
The purpose of this paper is to present some contributions by Paulo Freire to the construction of a decolonial education, focusing on his conception of dialogue as the foundation of educational practice. Contrary to banking-type education, Freire's proposal converges with a decolonial conception of knowledge and a break with the colonial and Eurocentric structures also present in education. Given this, we bring some reflections on modern-western, Eurocentric and colonial knowledge, as well as Freire's contributions centered on dialogue as a way to build other knowledge and sociability, including in the classroom. Thus, a decolonial pedagogy focuses on a non-banking model education, and therefore an education based on the dialogue of knowledge, epistemological and ontological coexistence, with a curriculum open to other non-Eurocentric knowledge, to other subjects.
References
Fanon, Frantz. 1965. Los condenados de la tierra. 2a ed. México: Fondo de Cultura Económica.
Freire, Paulo. 2005. Pedagogia do oprimido. 42a ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
Freire, Paulo. 2001. A sombra da mangueira. 4a ed. São Paulo: Olho d’Água.
Freire, Paulo. 1992. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. 4a ed. Paz e Terra: Rio de Janeiro.
Freire, Paulo. 1978. Cartas à Guiné-Bissau: Registros de uma experiência em processo. 2a ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
Freire, Paulo; Faundez, Antonio. 1985. Por uma pedagogia da pergunta. 4a ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
Lander, Edgardo. 2000. “Ciencias sociales: saberes coloniales y eurocéntricos”. Em La colonialidad del saber: eurocentrismo y ciencias sociales, organizado por Edgardo Lander, 5-24. Buenos Aires: CLACSO.
Loureiro, Camila Wolpato; Pereira, Thiago Ingrassia. 2019. “Seria possível uma epistemologia freireana decolonial? Da ‘cultura do silêncio’ ao ‘dizer a sua palavra’”. Roteiro, 44 (3): 1-18.
Mafra, Jason Ferreira. 2007. A conectividade radical como princípio e prática da educação em Paulo Freire. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade de São Paulo, São Paulo.
Melo; Alessandro de; Marochi, Ana Claudia. 2019. “Mulheres, estudo, trabalho e relações sociais de sexo”. Acta Scientiarum. Human and Social Sciences, 41 (1): 1-9.
Melo, Alessandro de; Ribeiro, Débora. 2019. “As potencialidades da pesquisa colaborativa na formação de professores”. Cadernos da FUCAMP, 18 (34): 1-17.
Mignolo, Walter. 2005. “Cambiando las éticas y las políticas del conocimiento: lógica de la colonialidad y postcolonialidad imperial”. Tabula Rasa 3: 47-72.
Mota Neto, João Colares da. 2018. “Paulo Freire e Orlando Fals Borda na genealogia da pedagogia decolonial latino-americana.” Folios 48: 3-13.
Oliveira, Ivanilde Apoluceno. 2011. “Cultura e interculturalidade na educação popular de Paulo Freire.” EccoS 25: 109-124.
Orozco, Amaia Pérez. 2006a. Perspectivas feministas en torno a la economía: el caso de los cuidados. Madrid: Consejo Económico y Social.
Orozco, Amaia Pérez. 2006b. “Amenaza tormenta: la crisis de los cuidados y la reorganización del sistema económico.” Revista de Economía Crítica 5: 7-37.
Pimentel, Marañón Boris. 2014. “Crisis global y descolonialidad del poder: la emergencia de una racionalidad liberadora y solidaria”. Em Buen vivir y descolonialidad: crítica al desarrollo y la racionalidad instrumentales, organizado por Boris Marañón Pimentel, 20-60. México: UNAM.
Quijano, Aníbal. 2000. “Colonialidad del poder, eurocentrismo y América Latina”. Em La colonialidad del saber: eurocentrismo y ciencias sociales, organizado por Edgardo Lander, 201-249. Buenos Aires: CLACSO.
Quijano, Aníbal. 2007. “Colonialidad del poder y clasificación social.” Em El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global, organizado por Santiago Castro-Gómez e Ramón Grosfoguel, 93-126. Bogotá: Siglo del Hombre Ed.
Ribeiro, Débora. 2019. “A lei 10.639/03 como potencial decolonizadora do currículo: tessituras e impasses.” Educação Unisinos 23 (2): 301-315.
Ribeiro, Débora; Dominico, Eliane. 2018. “‘Vamos brincar de índio?’ Análise decolonial do dia do índio na educação infantil”. Em DNA educação 2, organizado por Ivanio Dickmann, 160-172. São Paulo: Dialogar.
Spivak, Gayatri C. 2010. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: Ed. UFMG.
Sousa Santos, Boaventura. 2002. Para um novo senso comum: a ciência, o direito e a política na transição paradigmática. 4a ed. São Paulo: Cortez.
Vincent, Guy; Lahire, Bernard; Thin, Daniel. 2001. “Sobre a história e a forma escolar.” Educação em Revista 33: 7-47.
Walsh, Catherine; Oliveira, Luiz Fernandes; Candau, Vera Maria. 2018. “Colonialidade e pedagogia decolonial: para pensar uma educação outra.” Arquivos Analíticos de Políticas educativas 26 (83): 1-11.
Walsh, Catherine. 2013. “Introducción. Lo pedagógico y lo decolonial: entretejiendo caminos”. Em Pedagogías decoloniales: prácticas insurgentes de resistir, (re)existir y (re)vivir, Tomo I, organizado por Catherine Walsh, 23-68. Quito: Abya Yala.