Televisão e construção da agenda eleitoral no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.7146/dl.v6i10.113655Keywords:
Televisao, construcao, agenda, BrasilAbstract
Televisão e construção da agenda eleitoral no Brasil
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2 Na verdade, “quase” da mesma forma, já que existem cláusulas que visam gerar certa igualdade na propaganda política (as emissoras são obrigadas a aceitar material de todos os candidatos que as procurarem e a cobrar pela mesma tabela), inexistentes na propaganda comercial. A legislação eleitoral brasileira dos anos 1950 previa regras deste tipo (para o rádio).
3 Por exemplo, James S. Fishkin, Democracy and deliberation. New Haven: Yale University Press, 1991, p. 101. Para uma comparação das regras de acesso dos candidatos ao rádio e à TV em diversas democracias eleitorais, ver Ana Carolina Querino, “Legislação de radiodifusão e
democracia”. Comunicação&política, nova série, vol. IX, nº 2. Rio de Janeiro, 2002, pp. 152-89.
4 Além disso, os candidatos tinham direito a spots de 30 segundos, inseridos em meio à programação normal, também em número variável: 225 para Serra, 115 para Lula, 93 para Ciro, 49 para Garotinho e 31 para cada um dos “nanicos”.
5 Embora, ao longo do texto, vá se falar com freqüência do “telejornalismo”, os dados correspondem em geral ao Jornal Nacional, da Rede Globo de Televisão, que é, de longe, o principal telenoticiário do país, em número de espectadores. Dadas as condições de baixíssima pluralidade da mídia eletrônica brasileira, o comportamento de todas as emissoras costuma ser similar.
6 Venício A. de Lima, “Medios de comunicación y democracia: la construcción de un presidente brasileño”. Telos, nº 29. Madrid, 1992, pp. 121-34.
7 Cumpre observar que a inferência não é automática. O crescimento de Lula poderia ter ocorrido graças a fatores completamente estranhos ao HPEG (da mesma forma que a estabilidade nas intenções de voto não significa necessariamente que a propaganda gratuita é irrelevante). Em 1989, porém, o impacto dos programas eleitorais do PT era perceptível para qualquer observador.
8 Daniel C. Hallin, “Sound bite news: television coverage of elections, 1968-1988”. Journal of Communication, vol. 42, nº 2. Austin, 1992, pp. 5-24.
9 Afonso de Albuquerque, “Sem montagens e sem trucagens: a nova legislação eleitoral”. Comunicação&política, nova série, vol. I, nº 2. Rio de Janeiro, 1994, pp. 184-6 (citação à p. 186).
10 Antonio Albino Canelas Rubim, “Política, media e eleições: 1989 e 1994”. Comunicação&política, nova série, vol. I, nº 1. Rio de Janeiro, 1994, pp. 53-62 (citação à p. 59).
11 Para estes dados e os seguintes, ver Luis Felipe Miguel, “The Globo Television Network and the election of 1998”. Latin American Perspectives, vol. 27, nº 6. Riverside, 2000, pp. 65-84.
12 Luis Felipe Miguel, “A eleição visível: a Rede Globo descobre a política em 2002”. Dados, vol 46, nº 2. Rio de Janeiro, 2003, pp. 289-310.
13 Afonso de Albuquerque, Aqui você vê a verdade na tevê: a propaganda política na televisão. Niterói: MCII-UFF, 1999, p. 170.
14 Os outros quatro programas do primeiro turno tiveram como foco central: a apresentação de apoios de intelectuais, de obras de administrações petistas e, por duas vezes, apelo ao voto dos indecisos. No segundo turno, de 11 programas, seis dedicaram-se aos temas listados. Os programas analisados foram os exibidos à noite.
15 Lula nem sequer citou a ALCA, ao longo de toda a campanha. O FMI apareceu duas únicas vezes, no segundo turno, na mesma fala (apresentada em 20/10 e reprisada 22/10), quando o candidato assinala sua posição “sensata” ao endossar os acordos.
16 Antonio Albino Canelas Rubim, “Cultura e política na eleição de 2002: as estratégias de Lula presidente”. Trabalho apresentado no 12º Encontro Anual da Compós (Recife, 3 a 6 de junho de 2003).
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